segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

COTAS PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS (NEE) NAS UNIVERSIDADES, POR QUE NÃO?

Falamos muito de cotas raciais e sociais para o ingresso nas universidades públicas no Brasil e nos esquecemos das pessoas com necessidades especiais (NEE). Sim essas pessoas também existem! Existem estudos profundos, discussões acirradas, debates eternos, mas nenhum desses se lembra das pessoas com NEE. Existe a porcentagem de 2% à 5% der reserva de postos de trabalho em qualquer empresa e nos concursos públicos em geral para pessoas com NEE. No entanto nem sempre essas vagas são preenchidas.

Os argumentos para que essas vagas não sejam preenchidas concernem na falta de formação desse público, da falta de cursos de capacitação, etc. Contudo, como que essas pessoas vão se capacitar se não tem oportunidades ampliadas. Ampliadas para que realmente essas vagas sejam ocupadas em todos os âmbitos, quer sejam laborais ou acadêmicos. Para ocupar essas vagas, devem-se formar profissionais para tanto.
Vamos fazer o simples raciocínio de lembrar quantas pessoas com NEE do nosso círculo social que estão empregadas regularmente e que tenham alcançado todos seus objetivos, tanto profissionais e acadêmicos, quanto pessoais. Tenho certeza que nesse círculo, caso seja grande, encontraremos aqueles que mal tiveram a oportunidade de se alfabetizar.

Minhas críticas são muitas, desde a recepção dessas pessoas especiais até a sua inclusão social. Na sociedade na qual vivemos, o trabalho é uma via de alcançarmos nossa subsistência e sobrevivência. Mas as barreiras da inclusão podem ser maiores do que a própria capacitação, como também alcançar níveis de acesso físico por exemplo. Uma escola que não possua rampas, ou elevador. Uma biblioteca que não tenha traduções em braile ou livros oralizados. Aulas para alunos surdos que não sejam em língua de sinais ou que não tenham um intérprete capacitado na área em questão.

As barreiras para as pessoas com NEE suplantam as cotas, mas isso não quer dizer que não devemos nos lembrar deles. Se nos cargos de trabalho existe a cota legal, deve existir também essa cota no âmbito acadêmico. Essa que deveria ter sido inserida muito antes de qualquer cota social ou racial, e que dentro dessas também não deveria ter sido esquecida. Isso porque ampliando-se a oportunidade desses, e o acessos dos mesmos ao mundo acadêmico, talvez o poder da inclusão e autonomia desse grupo social aumente, porque por mais que sejam independentes, na maioria dos espaços físicos, sociais, acadêmicos, etc., são esquecidos.

Existem cardápios em braile? Todas as calçadas possuem rampas? Todos os ambientes físicos possuem acessibilidade? Todas as classes que possuam surdos tem intérpretes capacitados? Etc. Existem inúmeras situações em que as pessoas com NEE são esquecidas, aliás, antes de esquecidas, são simplesmente ignoradas.

Finalizando, esse texto pessoal foi escrito para lembrar àqueles que tanto discutem as cotas raciais e sociais nas universidades públicas, concursos, etc., e que não discutem as cotas para os deficientes nas mesmas universidades. Porque não oportunizar as mesmas condições nas universidades públicas para os mesmos que já possuem esse “benefício” no mundo do trabalho? Logo, entendo que estamos vivendo um teatro de inclusão no mundo do trabalho, no qual a pessoa com NEE está sujeita aos postos de trabalho com remuneração ínfima, e aqueles que conseguem melhores posições, são poucas. Isso porque não possuem os títulos ou a instrução necessária para ocupá-los. Devemos, como valor democrático, tanto difundido em nossa sociedade atual, principalmente a brasileira, lembrar-nos de todos e todos, inclua-se também: as pessoas com necessidades especiais!

Um comentário:

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