terça-feira, 28 de janeiro de 2014

BREVE COMENTÁRIO SOBRE AS MÍDIAS BRASILEIRAS

O leitor deve estar se perguntando por que somente as mídias brasileiras. Simplesmente porque só tenho experiência com a realidade local e também não tenho acesso às mídias estrangeiras a não ser pela internet.
Com esse texto quero fazer um breve comentário sobre minha experiência com as mídias. Primeiro, começo com as rádios. Estas não possuem tanta expressão no contexto em que vivo, apesar de existirem redes de radiodifusão especificamente dedicadas a informações jornalísticas, não vejo grande expressão nesse aspecto, a não ser na tradicional “Hora do Brasil” que em minha humilde opinião é um dos poucos canais no qual conseguimos obter informações um pouco mais fidedignas e imparciais possíveis. Contudo é uma rádio do governo e mesmo que não emitam juízos de valor, o fato de informar ou não informar um fato já se transforma em matéria de parcialidade, e não neutralidade; logo não existe mídia imparcial, neutra, menos ainda (pelo menos na minha possibilidade de experiência).

Agora venho com os jornais, dos que conheço, nenhum é imparcial. Desde aqueles à esquerda, e aqueles à direita. Todos são tendenciosos e mostram a realidade a partir de seu ponto de vista. Então que ponto de vista tomar?

Por fim, cito as grandes mídias televisivas, que também dominam as duas supracitadas, que dominam o poder midiático no Brasil. Contudo surge uma resistência, chamada “mídia ninja”, que numa posição desconcertante para a mídia convencional, mostra a realidade que muitos não querem ver, mesmo que pela internet e não em canais abertos.

Não existe no Brasil uma fidedignidade dos fatos transmitidos às pessoas. Aqueles que se propõem a isso e veem a necessidade de realizar um contraponto, um meio termo, entre todas as informações recebidas, dispendem de um trabalho intelectual incessante contra a dominação por terceiros de seu posicionamento político social.

O monopólio midiático brasileiro destrói a veracidade dos fatos. Isso porque não se consegue estabelecer sequer um vínculo de confiança na veracidade dos fatos em qualquer notícia veiculada na imprensa. Eu pelo menos não creio tanto assim nela.

Vejo uma nova ideia surgir no Brasil com as tais mídias ninja, mas talvez por poucos recursos, sem desenvolvimento para além da internet. Com isso amplia-se também o debate acerca da distribuição de mais canais de comunicação de TV Aberta para suprir os anseios dos brasileiros por uma programação mais fidedigna ao que precisam.

No entanto, polemizando, não acontece nenhum movimento de democratização das mídias, a não ser de criminalização daquelas que são alternativas, “ninjas”. Parece-me que não há interesse do governo e dos grupos de poder dominantes em abrir espaço para novos pensamentos, novas formas de enxergar as mídias. Uma nova forma de se fazer imprensa no Brasil.

Não estudo comunicação, jornalismo, ou qualquer área de conhecimento assim, mas vejo que as mídias atuais não atendem às necessidades brasileiras, pelo contrário, destrói o tempo dos indivíduos com um entretenimento incessante. Uma busca de prender a pessoa à televisão, jornal, internet, etc., a qualquer custo.

As grandes mídias como estão, não me servem, aliás, não creio que sirva a alguém. Elas não nos proporcionam fatos verídicos e além do mais, proporcionam uma programação que não ajuda em nada o desenvolvimento do indivíduo em suas capacidades, quer sejam intelectuais,  culturais, e quaisquer outras.

A televisão principalmente mais parece um objeto de dominação e doutrinação do que um eletrodoméstico para ver imagens. Os programas televisivos de canais abertos em geral, possuem um caráter universalizante no qual conceitos são passados a todo momento. É um bombardeio diário de ideologias, preconceitos, conceitos, valores, princípios, dentre outros que afetam parte da vida diária das pessoas.

As grandes mídias utilizam esse poder no Brasil para favorecer suas posições ideológicas. Cada meio de comunicação quer seja radiodifusão, escrito (jornais, revistas, etc.), televisivo, parece querer incluir seus valores na sociedade vigente. Assemelha-se com uma luta diuturna para permanecer na mente das pessoas a tendência (que os grupos que se utilizam das mídias) desejam.


Por fim, concluo nesse breve comentário livre, que minha experiência televisiva tem se resumido há poucos minutos, e muitas vezes somente para saber do clima e do trânsito urbano. Para mais informações busco outras fontes que não as tradicionais para fazer o contraponto entre as visões. Jornais de direita ou de esquerda são tendenciosos, então para isso avalio suas posições e estabeleço uma mediação, para assim chegar a um denominador comum do que seria admissível acreditar ou não.

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