O leitor deve estar se
perguntando por que somente as mídias brasileiras. Simplesmente porque só tenho
experiência com a realidade local e também não tenho acesso às mídias
estrangeiras a não ser pela internet.
Com esse texto quero fazer um
breve comentário sobre minha experiência com as mídias. Primeiro, começo com as
rádios. Estas não possuem tanta expressão no contexto em que vivo, apesar de
existirem redes de radiodifusão especificamente dedicadas a informações
jornalísticas, não vejo grande expressão nesse aspecto, a não ser na
tradicional “Hora do Brasil” que em minha humilde opinião é um dos poucos
canais no qual conseguimos obter informações um pouco mais fidedignas e
imparciais possíveis. Contudo é uma rádio do governo e mesmo que não emitam
juízos de valor, o fato de informar ou não informar um fato já se transforma em
matéria de parcialidade, e não neutralidade; logo não existe mídia imparcial,
neutra, menos ainda (pelo menos na minha possibilidade de experiência).
Agora venho com os jornais, dos
que conheço, nenhum é imparcial. Desde aqueles à esquerda, e aqueles à direita.
Todos são tendenciosos e mostram a realidade a partir de seu ponto de vista.
Então que ponto de vista tomar?
Por fim, cito as grandes mídias
televisivas, que também dominam as duas supracitadas, que dominam o poder
midiático no Brasil. Contudo surge uma resistência, chamada “mídia ninja”, que
numa posição desconcertante para a mídia convencional, mostra a realidade que
muitos não querem ver, mesmo que pela internet e não em canais abertos.
Não existe no Brasil uma
fidedignidade dos fatos transmitidos às pessoas. Aqueles que se propõem a isso
e veem a necessidade de realizar um contraponto, um meio termo, entre todas as
informações recebidas, dispendem de um trabalho intelectual incessante contra a
dominação por terceiros de seu posicionamento político social.
O monopólio midiático brasileiro
destrói a veracidade dos fatos. Isso porque não se consegue estabelecer sequer
um vínculo de confiança na veracidade dos fatos em qualquer notícia veiculada
na imprensa. Eu pelo menos não creio tanto assim nela.
Vejo uma nova ideia surgir no
Brasil com as tais mídias ninja, mas talvez por poucos recursos, sem
desenvolvimento para além da internet. Com isso amplia-se também o debate
acerca da distribuição de mais canais de comunicação de TV Aberta para suprir
os anseios dos brasileiros por uma programação mais fidedigna ao que precisam.
No entanto, polemizando, não
acontece nenhum movimento de democratização das mídias, a não ser de criminalização
daquelas que são alternativas, “ninjas”. Parece-me que não há interesse do
governo e dos grupos de poder dominantes em abrir espaço para novos
pensamentos, novas formas de enxergar as mídias. Uma nova forma de se fazer
imprensa no Brasil.
Não estudo comunicação,
jornalismo, ou qualquer área de conhecimento assim, mas vejo que as mídias
atuais não atendem às necessidades brasileiras, pelo contrário, destrói o tempo
dos indivíduos com um entretenimento incessante. Uma busca de prender a pessoa
à televisão, jornal, internet, etc., a qualquer custo.
As grandes mídias como estão, não
me servem, aliás, não creio que sirva a alguém. Elas não nos proporcionam fatos
verídicos e além do mais, proporcionam uma programação que não ajuda em nada o
desenvolvimento do indivíduo em suas capacidades, quer sejam intelectuais, culturais, e quaisquer outras.
A televisão principalmente mais
parece um objeto de dominação e doutrinação do que um eletrodoméstico para ver
imagens. Os programas televisivos de canais abertos em geral, possuem um caráter
universalizante no qual conceitos são passados a todo momento. É um bombardeio
diário de ideologias, preconceitos, conceitos, valores, princípios, dentre
outros que afetam parte da vida diária das pessoas.
As grandes mídias utilizam esse
poder no Brasil para favorecer suas posições ideológicas. Cada meio de
comunicação quer seja radiodifusão, escrito (jornais, revistas, etc.), televisivo,
parece querer incluir seus valores na sociedade vigente. Assemelha-se com uma
luta diuturna para permanecer na mente das pessoas a tendência (que os grupos
que se utilizam das mídias) desejam.
Por fim, concluo nesse breve
comentário livre, que minha experiência televisiva tem se resumido há poucos
minutos, e muitas vezes somente para saber do clima e do trânsito urbano. Para
mais informações busco outras fontes que não as tradicionais para fazer o
contraponto entre as visões. Jornais de direita ou de esquerda são
tendenciosos, então para isso avalio suas posições e estabeleço uma mediação,
para assim chegar a um denominador comum do que seria admissível acreditar ou
não.
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