segunda-feira, 24 de março de 2014

EMBUSTE INTELECTUAL NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

Este post tem a ver com a intelectualidade brasileira que atua como formadora de opinião no Brasil. Mais especificamente venho fazer algumas colocações sobre o ensino superior brasileiro. Enfim, ao cursar pela segunda vez um curso superior no Brasil e cada vez mais adentrando nos meandros do ensino, lendo, estudando, pesquisando, etc., percebo um certo embuste por parte de alguns professores de nível superior. Embuste no sentido de apresentarem-se como pessoas detentoras de um conhecimento acima do que realmente apresentam.



Percebo que existem professores que colocam-se no meio acadêmico como referências personificadas para seus alunos. Sentem-se como doutos de toda razão existente acerca de sua disciplina/campo de conhecimento e de outras que deseje se intrometer. Vejo que professores discursam como se estivessem com toda a razão a seu favor, no entanto alguns mal embasam suas teorias, seu discurso, sua fala. E ai daquele que contradizê-lo (mesmo com referências), estará severamente excluído do sistema acadêmico.



Por muitos anos não entendia o motivo de professores, ditos intelectuais, de se colocarem perante os alunos como pessoas em patamares superiores, ignorando a experiência e conhecimento dos discentes. Agora vejo que há um certo poder simbólico a ser preservado por essa qualidade de professores, afastando-os de todos os outros que não possuem seus títulos e sua dita carga de estudos.



E os alunos também compactuam com a manutenção desse poder quando não reagem contra suas imposições e referências desqualificadas para a realidade. Sua inércia só prejudica sua formação. Talvez a idade com que os alunos geralmente entram na universidade contribuam para tanto. Alunos que ainda buscam sua autoafirmação e suas experiências de vida.


As universidades brasileiras ainda buscam seus meios de construir conhecimentos. Suas histórias são relativamente recentes em comparação à outras pelo mundo afora que já tem praticamente fundamentadas seus métodos de aprendizagem e produção de conhecimento.


Apesar do Brasil ainda não possuir seu academicismo bem construído, não se deveria aceitar professores que usam de sua posição acadêmica para se colocar como uma pessoa douta de conhecimento sem o ser. O Brasil não precisa de mais embustes, as universidades precisam de uma Educação Superior (também em outros níveis de ensino) com professores dedicados, capacitados e bem pagos, que distribuam um pouco de seu vasto conhecimento com o comprometimento que qualquer profissional deve ter com sua função social.



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