quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Chegamos ao Século XXI e agora?

Estamos passando por um processo mundial complexo em que os radicalismos estão tomando força. As estruturas mundiais de toda espécie não estão mais correspondendo e respondendo aos anseios das pessoas. Nosso planeta está sendo destruído, pessoas continuam  morrendo das mesmas doenças do início do século XX, a ciência não avançou quanto esperávamos, pessoas ainda morrem de fome, as desigualdades sociais continuam em evidência, guerras são travadas a todo momento por todos os motivos possíveis... Enfim, estamos em um beco sem saída, pois aquilo que pensávamos serem soluções não são.

De modo geral os paradigmas estão sendo quebrados desde a década de 1990. Iniciando-se principalmente com a queda do muro de Berlim. Pensávamos estarmos preparados para um grande salto, uma nova era. Mas esta nova era liderada pelo Capitalismo não surgiu nem vai surgir. O que surgiu foi uma grande crise na primeira década do milênio que se arrasta até os dias atuais por uma falta de planejamento econômico de muitos países com suas dívidas internas e externas absurdamente vultuosas.

Não consigo pensar em um mundo melhor se ainda damos mais importância a bancos do que a distribuição justa da renda. Justiça não no sentido socialista ou comunista, mas sim em seu sentido estrito mesmo de justa medida. Não vejo necessidade, nem motivos para pessoas passarem fome se há tantas terras agricultáveis, não vejo porque pessoas se aglomeram de forma insalubre, sendo que o planeta possui espaço para todos viverem ao menos subsistencialmente. Penso que estamos vivendo em bases erradas, através de princípios equivocados. Quando ouço a palavra sucesso sinto arrepios. Pior quando me dizem que fulano ou ciclano tiveram sucesso na vida, cresceram, enriqueceram, viajaram o mundo, etc... Sinto-me impotente quando somente quero ser feliz, viver de forma digna e me desenvolver pessoalmente. Não quero ter sucesso, quero viver ou melhor, me sentir vivo. Não desejo viver sob padrões inalcançáveis. Viver numa economia alavancada sabe-se lá quantas centenas de vezes.

Fico preocupado, preparo-me para ser feliz enquanto outros se preparam para terem sucesso. Penso se estou rumando para o caminho correto. Mas sempre chego na mesma conclusão: que sim, estou no caminho certo. Afirmo isso porque não acho verossímil alguém acreditar em um mundo que produza coisas que não precisa e que não consegue utilizar, que desperdiça outros produtos que faltam para muitos (comida), e guardamos coisas que não precisamos ou que até não existem fisicamente. Um exemplo é o tal do dinheiro. Eu acredito que se auditarmos as contas mundiais vamos observar que todo o dinheiro, digo dólar e outras moedas, está circulando sem ter fundos para cobri-los, isto é, há papel-dinheiro, mas não existe o valor necessário de riquezas referentes ao que está lançado no mercado.

Pensemos: Será melhor buscar a felicidade ou o sucesso? Ou melhor, precisamos buscar algo?

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